domingo, 19 de abril de 2009

processo (cenatório-utopia)



Da música “Utopia” de Zeca Afonso
Retiramos os seguintes excertos:
Cidade
Sem muros nem ameias
Gente igual por dentro
Gente igual por fora (…)
Toma o fruto da terra
E tu a ti o deves
Lança o teu desafio (…)
Que outro fumo deverei
Seguir na minha rota?


Não achamos por bem pegar exclusivamente numa música para trabalhar, ao invés, decidimos espremer o conteúdo em 3 momentos essenciais, e descaracterizá-la do seu contexto político (mesmo que o quiséssemos fazer não o compreenderíamos), e transportá-la para uma realidade mais compreensível, uma “mensagem” com um “significado” de carácter mais universal.
Assim sendo falaremos da identidade e da inter-relação com outras identidades, o que não foge do objectivo da nossa letra.

Ideia
É exprimir com ferramentas como a “performance”, cenografia, luz, som, vídeo, a ideia de indivíduo com uma identidade , e já só por estar ao lado de outra, parece diferente, se inter-agir…


Conceito
Os 3 momentos seriam, em primeiro lugar um indivíduo que se consciencializa da sua existência, e já se insere num ambiente social particular, com uma identidade. Em segundo esse individuo confronta-se com outros, e cria qualquer coisa nova ou modifica, com outros qualquer coisa que já existe, acrescentando mais ou retirando, e ao abandonar esse momento leva consigo mais qualquer coisa, isto de uma forma linear, porque todos sabemos que nunca é assim, este é só o conceito - base depois existe uma esquizofrenia de imprevistos, do ir e voltar, do abandonar e encontrar novamente algo que te ligue ao que já fizeste, “e como se diz por aí” estamos todos ligados… alegoricamente, este conceito teve de ser materializado por cenografia e acção de figurino, não queria-mos “representar”, mas dar a ideia - base, e deixar muitas ideias no ar.

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