sábado, 6 de junho de 2009

proposta 1 > livro "Delirium Coimbra"


Autor: Bruno O. Gonçalves
Título: “panorâmica sintética futurista”
Técnica: fotomontagem desenho (tinta permanente, bic, grafite)
Dimensão:
Data: Junho 2009
Md: “S.A.N.C.E” (surrealismo alegórico-natural de cidades efémeras)
Não será difícil, (quase contraditório) implementar uma consciência sustentável à escala global, para uma particular, quando o ritmo de cada um é cada vez mais rápido, movem-se com mais facilidade, cada vez menos preocupados pelo espaço que ocupam, porque amanha estarão a ocupar outro qualquer, consoante a necessidade?
Uma sociedade cosmopolita é tendencialmente cada vez mais efémera, mais nómada, e em vez de abandonar-mos os nossos habitáculos, porque não fazemos como os caracóis que movem os seus próprios habitáculos, e se esses habitáculos fossem cada um deles, eles próprios… uma cidade, que no conjunto com outros, que pelo acaso se encontram no mesmo local, por tempo indeterminado e formam uma metrópole, será possível? Será mais sustentável? Sem dúvida desperdiçaríamos menos matéria construtiva, mas se isso é possível numa caixa de lata, porque não é possível num terreno virgem? Será que o interesse pela identidade local, se perderia, no caso do local ser o local geográfico? Haveria interesse, pelo local que escolheríamos para “aterrar”, mesmo que por pouco tempo? As pessoas preocupavam-se com essa geografia, ou só com a sua “casinha” com motores espaciais?


BOG 6 junho 2009