domingo, 19 de abril de 2009

materialização (execução/apresentação) / (cenatório-Utopia)


Não foi ensaiado, apenas apontado, não porque não queria-mos mas porque não foi possível, o que na circunstância, originou um boa cota de imprevisibilidade.
A acção começava com a própria voz de Zeca Afonso, com a introdução que fez para a musica que serviu de base para este trabalho...
Os cacifos do atelier de escultura da EUAC, simbolizam edifícios de uma cidade (que outro tema simboliza melhor a amálgama de identidades?...), cada um “decorado” com uma identidade, com uma pessoa lá dentro, e á medida que surgia uma música portuguesa distinta saia uma pessoa ( fado-pop com Deolinda, metal com Moonspell, rock com Xutos e Pontapés, jazz com Carlos Barreto) , à medida que as pessoas saiam da sua “toca”, as musicas iam-se intercalando e sobrepondo… os figurinos começavam a inter-agir com uma bola (esfera que simboliza de forma abstracta, um objecto/ideia/projecto/acção/associação real qualquer sem barreiras) acrescentando coisas onde já tinha, ou retirando, modificando, aqui as músicas estavam todas sobrepostas (e deveria acender uma luz a focar a esfera e pagava-se a luz de fundo para marcar os momentos de acção, não aconteceu por problemas técnicos). Por fim os figurinos saiam pela “boca de cena”, simbolizada não por um pano que abre e fecha, mas por um plano, transparente e opaco, que deixava ver em algumas partes e outras só se via sombra, que simboliza a abertura e o fechado ao mesmo tempo, numa ambiente sinuoso e difuso, que servia também para projectar vídeos de 4segundos cada, com o som natural dos mesmos, onde se projectou identidades diferentes, no sentido de que “… agora olha à tua volta, a vida continua, somo todos diferentes, tu também és, e depois de tudo o que aprendeste com os outros o que é que vais fazer de novo por ti e pelos outros?....”
Terminou com a interacção do público com a esfera, numa partilha simbólica.
Bruno O. G.

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