domingo, 19 de abril de 2009

os textos

os ensaios de Tiago Carvalho, escritos para esta peça, ("piAR-à-parte"):
(http://www.absurdissounderrated.blogspot.com/)
(1)
andor auto-sustentável
estacionado numa praça interdita a voyeuristas e/ou artistas
andor sem santo, andor sem sacro.
andor sem dor, sem pranto.
salamandras de cartão
para esquentar o coração iluminado, fiado e desfiado.
que ninguem vê, senão os voyeurs e/ou artistas
que,
neste exacto momento,
estão proibidos de ver.

(2)
a estrutura:
carrega um arranha-céus Às costas
o organismo: (des)organiza-se:
fios complexos descomplexam-se,
aparentemente, na aparência limpa
do rosto desenrugado, minimal simplex.

esventrada, a máquina é
matemática - e também
emaranhados mal amanhados.
máquina é matéria, bactéria,
existência existencialista.
haverá equipamento equiparável
a esta equação?
esta máquina é, repito, matéria, esventrável,
apenas ao mais invisível
poeta-pateta-profeta.

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