quinta-feira, 4 de março de 2010

Instalação para o "Mercado Quebra-Costas", 9 Abril 2010

instalação com a temática "Livro", prevista para as antigas instalações da XM, presente todo o dia; Construída no dia 9, apresentada dia 10, e desmantelada no dia 11.

Interveniente: Bruno O. Gonçalves
Instalação sonora: Cláudio Vidal
Colaboração: Eduardo Conceição
Parceiro: Alfarrabista Arco da Almedina e Alma Azul

sinopse:
considero as artes plásticas uma dimensão com características específicas, únicas e diferenciadas de outros campos artísticos, deve-se por esse motivo explorar e clarificar essa mesma dimensão.
As artes plásticas devem ser abordadas de uma maneira activa, não esperando que ela nos diga algo de imediato, espôntaneo e claro. Não se senta e se espera... que nos diga algo de novo! Deve-se sentar e usufruir, contudo essa acção deve ser prolongada através do tempo. Nem sempre nos apercebemos da sua importância a curto prazo. De uma maneira mais erudita ou mais comum, apercebemo-nos da sua relação com o que nos rodeia. O contexto da obra, assim como o seu entendimento, surge também com a preocupação de o público querer entendê-la, mesmo que não goste, pode surpreender-se...

A obra física e a obra sonora...
O livro tem uma evolução, contudo, o suporte físico tem um percurso mais ou menos linear. O tema aqui abordado, dá importância, ao objecto e suas potencialidades plásticas, e menos ao seu conteúdo, não descurando e renegando a sua relevância, importância, significado ou representação.
A alegoria da sua existência é representada por uma narrativa em sentido inverso, do objecto materializado,à matéria prima que o compõe. Contudo a obra faz sentido por essa alegoria, mas não nasceu por isso, nasce simplesmente como uma mera representação formal e pode ser lida como tal.
O seu contexto alegórico simplesmente é um conceito que dá base e justifica a existência da obra. Outros conceitos surgem, sem a necessidade de serem exaustivamente enunciados, como subcategorias, porque cada indivíduo-especatador é suficientemente portável desses conceitos e mais alguns... toda esta significação da obra, que pode ser deixada à responsabilidade de quem a observa, enriquecem a sua performance como representação estática de uma dinâmica complexa que é a "construção/criação" de um livro (objecto/universo).
Os sons com ou sem ritmo, reforçam o ambiente em torno da instalação.

A relação...
Por fim a música, tendo uma dimensão comum, mais lúdica, tornando o espectador mais passivo, o que pelo processo reverso, torne com que seja alimentada novemente o desenvolvimento desse mesmo tipo de música...
Não subjugando o estímulo sensorial que a música nos provoca, nem esquecendo a escala,consideravelmente superior, mas inforiormente popular, de outros géneros de música que tenham como conceito-base, o estímulo da intervenção do espectador, a música aqui tratada, adquire uma dimensão dentro das artes plásticas e menos de "show", não precisando do espectador para ser diferente, mas precisando do entendimento por parte dele para poder adquirir significado...

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